Dia de Inspiração

Sentar e escrever

uma bela poesia de amor

é um serviço impossível

nas tardes desta cidade.

Sento...

Caneta para simplificar

minha inevitabilidade..

- que baboseira -

Caneta é um punhal

que enfinco em meu peito!

- não -

Resolver problemas,

ir ao shopping

são para os saudáveis.

- não sei -

Estou perdido...

entre caneta e papel.

Para todo lado que olho

vejo paredes...

Vivo em um labirinto mofado,

sozinho e sem platéia.

- sim, sim, ótimo -

Reviro o cesto de lixo..

sonho encontrar um grande amor.

Acho alguns versos sem rumo:

Não saber dormir

é um charme que cultivo.

Não saber andar

é o meu último protesto.

Não saber amar é

minha saudade sem fim.

Leonardo Priori
Enviado por Leonardo Priori em 24/01/2009
Reeditado em 24/01/2009
Código do texto: T1402326