cidadão do mundo
Tem samba na ponta do pé,
nos dedos frieira, chulé.
calçada descalço
lhe ferem os pés,
em preto e branco, a vista,
sinal vermelho.
aonde pensa que tá?
na roda , na gira de crioula,
no balança mas não cai.
Na rede, na rave, em ondas de rádio.
sambando levando a vida,
na raça de viver, no ritimo.
na minha terra não se planta,
meu sangue de aço,
me tira o espaço.
Eu, cidadão do mundo.