Aviso

Julgar as minhas travestidas promessas

Traz a ti, pássaro do infortúnio,

Muitas, longas e delirantes, preces

Que te transformarão em pássaro soturno.

Asas falsas que, eu querendo, arrebato

Não te permitindo voos sublimados

Entregando-te às tristes recordações de fatos

Permitindo-te, apenas, voos noturnos.

Não venhas pedir que eu te fale

Dos segredos que vieram pelo vento

São mentiras que choram por verdades

Verdades afogadas em silêncio.

Quando esta fantasia já não te cobrir

Tua imagem, por fim, estará deformada

Minhas travestidas promessas cessarão,

Mas, de enganos, tuas asas ficarão encharcadas.

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 24/01/2009
Reeditado em 07/02/2009
Código do texto: T1402158
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