Serve-te assim!

Sirva-te, pois, de solidão minha presença.

Sente-me quando ausente eu for a distância

em todo lugar longe que estiver teu coração,

chorando por qualquer desilusão

ou nisto parecido em algo desejado.

Devo achar-te na estrada por onde eu voltar

talvez sobre teus passos e não deixar os meus,

se eu não decidir voltar voando.

Perdemos na ventania o amor de nossa bonança

e os teus gritos abafaram o meu silêncio...

profundo,

ofuscado,

espremido.

Serve-te, pois, de tua solidão apenas

mas se ainda for ela tão pequena,

lembra-te da minha e com ela segue.

Hei de desenhar-te como se fora a própria estrada cruzada,

longe de ti, perto de mim, fora do mundo.