UMA TAÇA PARA NÓS DOIS!...

A orquestra sensibilizava almas dos pares amantes
Seus músicos tiravam acordes abrandando corações.
O “garçon” não entendeu o pedido dos dois,vacilantes
Um “Don Perrion”brust, apenas uma taça, sem ambições!

Nunca servira o champanha a casal apenas num cálice,
Apreensivo encorajou-se e perguntou só o cavalheiro
Vai sorver ? Veio a resposta imediata: Não, é meiguice,
Sentiremos o néctar do vinho com orgulho altaneiro.

Aproveitaram para bailar; os corpos unidos desprendiam
O calor vibrante e harmonioso, atraia e fascinava afeição.
A música embalava os encantos dos apaixonados que riam,
Ligeiro beijo trocaram, cresceram impulsos em assolação.

Perdurou a dúvida, iam ao espumante ou os lábios preteriam,
A taça na mesa permanecia solitária, aguardava os amados.
Quem primeiro sorveria, sentiria o sabor ou nela selariam
Os lábios sedutores, senhas acentuadas, romances acalentados.

Retira do gelo, completa o copo, delicia o primeiro gole e dá
Para que a amada o prove, ela procura onde os lábios tocaram,
Sente o sabor inebriante, pulsa forte o coração, é toda amada.
Abranda a tensão, entrega-se aos melhores momentos: encaram!

Juras são trocadas, beijos ardentes; o único cálice faz persuadir
Ser a bebida dos Deuses, excitante, unifica  paixão e entesoura,
Finaliza a timidez, a taça tornara-se decisiva, conseguira urdir
Ternuras que nem o Cupido, nem Eros, contemplara duradoura.

Perdurariam anos a felicidade de cada um, derivativa do talante
Prazer, comemorarem a confluência amorosa apenas numa taça.
Ambos sentiriam veleidade de poder repartir vontade de amante.
E a música cativara “in Prelude”, tudo que ali tivera na enlaça.