MAGIA PAMPEANA

Às vezes me descubro pensando
E pra contrariar a mansidão,
Me ponho a sonhar.
E me vejo a escrever,
Com as mãos campeiras,
Que se fazem de cigarras,
Para o meu pampa cantar.
Minha alma se solta toda,
Manda a solidão embora:
Arranja um abrigo pro peito
Com uma milonga de essência
E escuto a voz da querência
Querendo comigo prosear.
Sinto uma magia pampeana,
Quando aparece a milonga.
No vocábulo aragano,
Uma mistura de pranto e prece,
Desperta em mim uma saudade,
Encontro de temores e desejos,
Que estavam esquecidos de verdade.
Iara Franco
Enviado por Iara Franco em 23/01/2009
Reeditado em 27/01/2009
Código do texto: T1400671