Fogo... ( Os quatro elementos II )
Antes luzia etéreo...
Eis então que cai o véu,
vem do céu para o chão
divino elemento surgido
num divino raio clarão...
Nos primórdios das Eras,
como Deus ali gerado,
foi mantido nas cavernas
pelo humano em evolução...
Labaredas se elevaram,
acenderam-se as fogueiras,
em ardente combustão,
condenadas benzedeiras...
Supertição?
Perfiladas chamas sustentam,
em aparente sublimação,
por séculos, séculos e séculos,
egrégoras em ruidosa oração...
Força motriz nas usinas,
em tochas clareava as minas,
clareou o escrever dos poetas
nas pequenas lamparinas...
Nas noites que a grande lua transita,
incita o fogo das paixões,
eternas são essas fogueiras
levitando os corações...
Fogo que gera a vida,
fogo que a vida destroi,
fogo estando na pira,
homenageia o herói...
Serpente de fogo se eleva
seguindo a meditação,
voa liberto ao léo,
é fogo etéreo subindo
de volta de novo pro céu...