quando escrevo poesia

nao guardo rancores

de nenhuma mulher

ou de ex-amores

o que tenho de magoa

nao enche sequer

um copo d'agua

nao acumulo tristezas

nao coleciono saudades

nao tenho armarios repletos

nem gavetas trancadas

a mim me basta

a roupa do corpo

algum conforto

e sossego

so' preciso da vida

o ar que respiro

e se eu me firo

amenizo a dor

de dentro do peito

cicatrizo a ferida

e sem medo

parto logo a fim

de outro amor

mas surpreso

descubro em mim

um pequeno defeito

que de certo modo

ja' virou mania

sempre minto demais

quando escrevo poesia

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 23/01/2009
Código do texto: T1399604