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       TABOADA/NO JARDIM DE SOFIA/zocha

             
 Não sei de cor a cor da Taboada, preciso da tua mão para atravessar a rua, nunca sei qual o tom do mosaico da estrada, esta via única há milênios  congestiona as minhas artérias. Mas, na  igreja bizantina 
  na colina da Vila G   repicam os sinos,
 vai começar a missa ortodoxa das seis horas,Seu Emídio  crente  sai com sua
 bicicleta preta para ir trabalhar na fábrica no bairro do Portão, é operário religioso enquanto a polaca Tida sua mulher gratina o pão com gema de ovo. No bagageiro da bicileta ele leva a bíblia cristã
 ele a lê todas as noites em suas vigílias
 de guarda noturno, eu não entendo  a bíblia de Descartes, seus capítulos eróticos de fast foods, meu olhar reciclável busca Rembrandt, Veermer ,Van Gogh ,Velásquez
  Gibran.  Ainda piso descalça sobre os pregos.  O martelo repica aos meus ouvidos,  na acústica dobram os cravos,
  de purpura  evapora a rosa   aos meus sentidos!

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