Matemático e milimétrico

Para as tardes azuis

Noites sem nome

Versos ignorados

Tua santa hipocrisia:

Meu silêncio.

Para teu cinismo adestrado

Teu corpo morno em outras bocas

Velas apagadas

Aroma omisso:

Meu tapa.

Para minha dor aguda

A angústia pulsando

A face rubra

Madrugada insana:

Palavras.

Para meu erro fraco

O tropeço...

Para o recomeço:

Tua ausência!

Lívia Noronha

Belém, 22 de janeiro de 2009

00h54min.

Ao Mário Jorge Jardim.

Lívia Noronha
Enviado por Lívia Noronha em 22/01/2009
Código do texto: T1397822
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