O Verso
O poeta labuta diariamente
Na busca das palavras certas
Já tem um verso em mente
Mas quer as rimas corretas
Nem sempre é fácil encontra-las
Mas sua busca é persistente
Pra só depois poder juntá-las
Formando um verso coerente
Ser for dado a “certas regras”
“Certinhas” do tipo metrificadas
E achar que as outras são bregas
Poesias assim muito vulgarizadas
Sua tarefa então é duplicada
Pois já que regras quer seguir
Dessa já obsoleta jornada
Ele nunca conseguira desistir
Marcelo Bancalero
Nota: Então em troca de escrever dentro dessas “regras métricas”. Ele terá de usar algumas palavras que leitores que poderiam ser futuros consumidores de poesias, não conseguem entender sem um Aurélio nas mãos. Isso explica por que não dá pra se viver como poeta nos dias atuais. Os jovens só conhecem de cor as poesias de autores que sabiam se expressar sem complicar com palavras difíceis. Sou à favor de uma poesia mais na língua do povo, vulgarizada, mas cheia de verdades embutidas em versos cheios de emoção. A poesia nunca perderá sua beleza retirando dela as regras, só não podemos retirar o coração.