MUNDO CÃO
Nas cordas do intestino,
A melódia da fome.
Na pelo o suor escorre,
Do trabalho inútil.
Vestes da negação da negação.
O sapato descartado,caleja os pés.
Doenças crônicas.
O sistema desnuda a mulher.
A mídia destorse os valores.
O consumismo em desespêro.
Na retina, figuras destrocidas.
Sorriso fúnebre de um inconsequente.
O dedo que odeia, aperta o gatilho.
Muitos corpos tombam.
É o mundo cão.
Londrina,01/06/200. Raimundo Otoni Caldas.