Quando
Quando meu
Olhava muito para os lados...
Beijava todas
No escuro
Só me permitia ver
Quando não temia.
Quando de todas
Pensava em meus beijos
E posava em coxas
Que eu desconhecia.
Quando eu não via
Seguia séria
Negra
Com o cigarro
Fingindo poder.
Quando eu via
Voltava aos amantes
Um dia depois
E lembrava de Shakespeare...
“Assim somos livres...”.
Lívia Noronha
Belém, 21 de janeiro de 2009. (00h55min.)