O SONO DOS JUSTOS
Como poeta, durmo o sono dos justos!...
Cavalgo no passado, entre lindas fantasias
Da juventude!
Em dias já distantes,
Ainda abraço a lembrança da saudosa infância
Que na velhice repasso
Abrindo um sorriso à meninice de outrora,
Em cada coisa que faço.
Cada um escolhe o caminho,
Andar mal acompanhado ou sozinho
Fazer o bem ou o mal, mesmo sabendo
Que o bem é uma fonte de estímulos à alegria,
À paz, à harmonia.
E o mal é uma ponte que se destina
A conduzir os incautos à sua própria ruína.
Todo bem retorna à sua fonte de origem,
Assim como o mal, à sua origem torna.
Navegando na vaga ou morrendo no cais
O homem recebe a paga por tudo aquilo que faz!
Cedo, tarde, ou agora,
No fluxo e refluxo e a cada hora
O amor aflora ou a vida jaz.
Cabe ao ser humano a decisão
De ser fiel ou ladrão, trabalhar ou roubar,
Semear e ceifar preservando a natureza
Assorear os rios e parar a correnteza
Acabar com o encanto da cascata, nascentes,
Cachoeiras ou destruir toda beleza da foz.
Derribar árvores, abrir clareira,
Ferir a natureza dando-lhe morte atroz
E a natureza aceita o maltrato porque sabe,
Com certeza, que consigo levará seu algoz
Negando-lhe o fruto e o pão de cada dia
Ou respondendo com catastrófica parusia.