As Baratinhas
As baratinhas dançam e cantam no inferno obscuro;
Minha boca está úmida e sinto gosto de veneno.
Sou tão idoso e imagino ser um menino pequeno,
O inverno aproxima e eu sou homem maduro.
Aprendi gostar do que me anojava,
Aprendi que só sofria quando amava;
Aprendi a respeitar as baratas,
Por que barata é underground!
As baratinhas dançam e cantam e são podres,
Mas barata não mata, não rouba, não maltrata!
Minha boca pede beijos e sinto gosto desconhecido,
Perdido em graça feia, teia de aranha, tamanha surpresa.