AO MEU AMOR
AO MEU AMOR
Deixo que a chuva caia sobre meu corpo nú,
ela me lava da maldade humana que me fragmenta
é como uma poesia encharcada de desatinos,
que carrega em si a beleza e a dor do teu destino.
Só é vivo aquele que verdadeiramente sofreu,
a morte ocupa em vida a tua duplicidade,
minha carne é pura e para um só dono
com ela faço amor sem a menor culpa.
Espero todo dia o teu vulto amado
para amarmos loucamente ao clarão da lua
embriagados de prazer como dois namorados,
envolvendo-me em teu corpo, completamente nua.
Tuas mãos que eu quero no meu corpo...
nervosamente deslizam nos meus brancos seios
me tomando no calor de um desejo ardente...
me possua e me acolha nos teus braços
com os corpos entrelaçados, bocas unidas num ardente beijo.
MÁRCIA ROCHA
19/01/2009