Não há razão
Por que quisera eu amar-te?
Depois de anos-luz voltar a querer-te?
Se és sapo, e não príncipe
Se és ogro, e não rei
Se és verdura, e não flor
Se és cinza, e não cor?
Por que esta dor pungente
Enquanto meu querer era não ver-te?
E por que vejo rosas, se os teus espinhos me ferem a alma,
Enquanto luto para não reler-te?
Coração - bem vejo agora!
Não sabes lá o que é razão...
E mal-vivo sem ter-te
Enquanto não sei se és meu ou do vento
Se és ave leve, vai e volta
Ou apenas tormento...