INSEGURANÇA

INSEGURANÇA

Pássaro solitário

de plumagem deslumbrante!

És bandoleiro, ou voas errante?

Tens asas decididas

em teus vôos sensuais...

Mas não sabes se caminhas,

ou se voas alto demais!

Entre planícies e mares,

tu voas rasante.

Sem se sentires pequeno,

mergulhas profundo.

Lança teus olhares

e sentes o peso do Mundo!

Tens as asas feridas,

na força das ventanias

e dos grandes temporais.

Em cada ponto em que pousas

para teus vôos descansar,

sonhas em fazer abrigo;

encontrar amor e um amigo

em que tu possas contar.

Pássaro solitário.

Gaivota triste

de tantos mares...

Abra as asas,

que te abriga das paixões.

E sacode de ti, as desilusões.

Afugenta da alma, a inquietude,

deste teu medo de dor!

Pássaro solitário.

Gaivota triste

de tantos mares...

Que, no abrigo dos bares,

entre os tragos no cigarro

e os goles na cerveja,

não esconde o teu segredo:

A tua carência de Amor!...

Iraí Verdan
Enviado por Iraí Verdan em 19/01/2009
Código do texto: T1392917