A CHUVA

A CHUVA

(Dedicada ao poeta mageense Geraldo Mattos)

Olho pela vidraça

a chuva fina que cai.

Que com insistência

de gota em gota

molhando o chão, vai.

Olho ao longe.

Avisto a praça,

os bancos, a rua

e o jardim.

Penso no bem da chuva

e nos seus dissabores.

Desperta a alegria das flores,

dá mais brilho

ao verde das folhas,

e traz-nos calma sem fim.

Faz tudo parecer triste,

sem ser tristeza

a chuva.

Esconde o sol

e o seu calor esfria.

Faz no ar uma estranha melancolia,

que invade a alma da gente.

Põe os pincéis

nas mãos do pintor,

que para dar mais vida na cor

faze-os deslizar suavemente.

Libera de si, o poeta

e o leva pra vida.

aquece de emoções o seu ser.

Chama do seu peito

a fantasia,

e mansamente espera,

que nele desperte

uma poesia.

Iraí Verdan
Enviado por Iraí Verdan em 18/01/2009
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