DESTINO
Um barco sem norte
Entregue a vil sorte
De ventos incertos.
Navega à deriva
Sem expectativa
De atracar por certo.
O barco sem rumo
Vagueia sem prumo
Por águas bravias,
Sob a tempestade
Emerge a vontade
Pelas calmarias.
(O mar como a vida,
às vezes convida
aos seus desafios).
Tempos de tormenta
Que esta nau enfrenta
Em dias sombrios.
Desta forma, o nauta
Numa rota cauta
Sob a meia-luz,
Segue corajoso
A busca, ansioso
Por dias de luz.
Enfim no arrebol,
Um raio de sol
Se vê no horizonte
E assim aproando
Vai logo rumando
Pra junto da fonte.
E, por lá chegando
Vai logo avistando
Emerso do escuro
O ponto almejado
Aquele sonhado:
O porto seguro.