DESTINO

Um barco sem norte

Entregue a vil sorte

De ventos incertos.

Navega à deriva

Sem expectativa

De atracar por certo.

O barco sem rumo

Vagueia sem prumo

Por águas bravias,

Sob a tempestade

Emerge a vontade

Pelas calmarias.

(O mar como a vida,

às vezes convida

aos seus desafios).

Tempos de tormenta

Que esta nau enfrenta

Em dias sombrios.

Desta forma, o nauta

Numa rota cauta

Sob a meia-luz,

Segue corajoso

A busca, ansioso

Por dias de luz.

Enfim no arrebol,

Um raio de sol

Se vê no horizonte

E assim aproando

Vai logo rumando

Pra junto da fonte.

E, por lá chegando

Vai logo avistando

Emerso do escuro

O ponto almejado

Aquele sonhado:

O porto seguro.

Paulino Pereira Lima
Enviado por Paulino Pereira Lima em 17/01/2009
Reeditado em 02/02/2020
Código do texto: T1390313
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