Escuridão
Contei as estrelas numa noite premissa
Tão obscuras como a razão da existência
Se soubesse, não teria motivos, nem encantos
Um simples hábito das inquietas sombras.
Vinde então Vênus, das lágrimas ao sorriso
De alma cândida, aproximou-se ao pé de mim
Alcunhando-me, serenamente, Senhor da Noite
Um dever amargo, se soubesse, melhor não conhecendo
Sou senhor do meu domínio, não da noite
Não há motivos que me põem a outra razão,
Apenas vago, recluso, frio e soturno
Por qual razão maior viria ao meu encontro?
Com poucas palavras ela mudaria o mundo;
"Sou apenas uma, preciso-te para existir
O que seria de mim sem a escuridão,
Qual paz maior teria para uma estrela?"