ESPERA

Volto-me para dentro do meu âmago,
Em Momentos raros de mim mesma,
A solidão antes, por  mim  ensejada,
Traz-me ao imo, o açoite, o látego.

O vento traz-me lá de baixo,
Ruídos  que chegam, parcos, esparsos,
Buxixos cúmplices da longa espera.
Volvo meus olhos à longa estrada,

Meus olhos súplices e tão cansados
Da longa espera, de  tão longo anseio
Disse que vinha, eu esperei,

Disse que vinha, eu esperei
Em vão meus olhos a perscrutaram
Já não espero, eu suspirei,

Disse que vinha e cá não veio !
 
































 
Fátima Trinchão
Enviado por Fátima Trinchão em 16/01/2009
Reeditado em 02/04/2020
Código do texto: T1388759
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