VIDAS EM CENA...
Carmen Cristal
De repente, simplesmente,
Cerram-se as cortinas!...
Não há aplausos...
Ninguém pede bis!...
Neste palco da vida,
Apenas nós dois!...
Em cena, o último ato!...
O fim de um grande amor!...
Olhares apagados,
Corações machucados,
Almas doloridas, lágrimas!...
Muitas são as magoas!...
Onde foi que erramos?
Sabemos apenas,
Que não há mais emoção,
O desejo não existe mais,
Do peito despreendeu-se o amor!
Não há mais nada, chegamos ao fim...
Não há mais o que compartilhar!
A felicidade sem sorrisos, foi-se embora
Morreram os sonhos!
Nada mais nos resta, apenas
O gosto amargo da desilusão!...
Um final inesperado!...
Um último ato indesejado,
Mas que afinal chegou...
Sem que percebêssemos tudo acabou...
Havia mais gente nessa peça
E por inocência, fomos apunhalados!
Apagam-se as luzes...
Agora não há nova encenação!
A peça chegou ao seu final,
Tudo acabou, nada mais foi ensaiado!
Forte, o gosto amargo da traição,
Uma cena que não deveria ter acontecido.
Iremos por caminhos separados
Em busca de novas vivências
Novas experiências, um juramento desfeito!
Nós que tinhamos jurado amor eterno
Nos deixamos levar para uma outra história
Em cartaz em um outro teatro!...Imoral...
Nosso amor fora abatido, chegou ao fim!...
Cerram-se as cortinas, apagam-se as luzes!
Trancam-se as portas!...
É o irremediável!...Os atores se retiram...
No palco, jogado pelo chão,
Restos de nós, do que fomos...
A noite escura, tudo esconde...
Cada um por um caminho vai arrastando
suas verdades, sua propria história
Emcobrem-se as feridas...
Um violino ao longe, chora triste!...
É madrugada!...
Santo André
SP-BR
18.01.2005
http://www.saladepoetas.eti.br/carmen/fim/fim.htm