Pássaro Ferido
De vez em quando você some
Sai de mansinho
E fica longe de mim, assim.
Me dá uma tristeza
Uma saudade do seu carinho
Um vazio sem fim.
Ligo, você não atende
Chamo, não responde
Te escondes de mim.
Como mariposa apaixonada
Saio em tua busca angustiada
Vai a noite, lá vem a madrugada...
Com ela vem o cansaço
Eu sedenta dos teus braços
Choro desalentada.
Um novo olhar também rejeitado
Cruza com o meu tão desencantado
Em outros braços me sinto aninhada.
Como pássaros feridos
Acolhimento mútuo doído
Se protegem, esquecem...
O descaso que magoa
Por amor se perdoa
E tudo recomeça.