ETERNIDADE
Olho o tudo, mas só vejo o nada,
Num todo recheado de vazio,
Circundado por inexistente fio,
Com o brilho de luz apagada,
Com o calor da vida dos mortos,
Tão reto quanto os tortos,
Tão certo como os errados,
Solto como os amarrados,
Mostrando que o tudo é nada,
Que o tudo é efêmero,
Que somente o nada,
Antes e depois é eterno.