A menina que cresceu

Ela era a menina sapeca

A mais levada naquela casa

Era a alegria daquela gente

Era de uma faceirice incrível!

Ela cativava todos

Com sua doçura e meiguice.

Estava sempre sorridente

Pois vivia sempre contente

Mesmo vivendo na pobreza

Aquela menina valente

Estava sempre aprontando

Porem no seu mundo

Não tinha assim tanta gente

Morava no campo

Numa casa de chão batido

Andava descalço

E um vestido de chita.

Seu cabelo negro adornava o rosto

Mas parecia uma índia

Seu espírito era livre

A ninguém obedecia.

Amava a natureza

Bonecas não tinham

Seus brinquedos por ela eram feitos

Com toda maestria.

Ah!...Como ela gostava de banhar no rio!

Medo não conhecia

Era valente e guerreira

E os obstáculos sempre venciam.

Mas um dia tudo findou

Sua vida outro rumo tomou

Tornou-se prisioneira

Prisioneira do homem

Prisioneira do amor.

Na prisão viveu

Na prisão morreu seus sonhos.

Mas a menina valente cresceu

Brigou

Lutou

Chorou

E venceu!

Porem agora já é tarde

Para seus sonhos viver

Então só lhe resta a saudade

De tudo que viveu

Dos sonhos que almejou.

Pobre menina que cresceu!

Rosa D Saron

08/01/2009

Rosa D Saron
Enviado por Rosa D Saron em 14/01/2009
Código do texto: T1384219
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