Paraíso da escuridão
Ruas desertas, poucos passos nas avenidas,
cada esquina esconde paixões e intrigas,
o frio sobre sua espinha
e uma densa névoa apaga seu rastro enquanto caminha
Nas sombras mais um vampiro ataca,
enquanto descança a cidade pacata;
quando há lua cheia, um lobisomen desperta,
e dentro das casas um coração se aperta
No silêncio e na escuridão condenados gritam;
em prisões de ossos e tijolos de terra habitam;
uma praia de sangue para seus filhos banhar
e estrelas caindo aos seus pés para o céu apagar
A noite jamais termina, assim como o sono dos inocentes,
uma vela que nunca apaga, com desejos ardentes;
a prefeitura suspira corrupção, as ruas respiram opressão,
as igrejas inspiram perseguição, "bem-vindo ao paraíso da escuridão".