Vengeance
Na larva da tua inconsistência, derreti
e não pude mais ser o mesmo corpo que antes se mantinha de pé,
cai como barro mal moldado, aguado demais.
Nos cacos quebrados de minh’alma, refleti
todo o teu conto fantástico, todo o teu realismo ficcional.
Minhas mãos ainda sangram por catar reflexos.
Para os mundos que te construi, resisti
mas, entraram em eclipse, colapso, apocalipse
e não me coube evitar o julgamento de teus atos.
Da frase escrita na cortina, “c’est La vie”,
encerrou teu último espetáculo irônico-amoroso,
me inundando de afogadas gargalhadas.
Compreendi, porque a gente mata por amor.