Bela

És tão linda,

ó Bela,

quando dormes.

Que em minha mente

cria orações.

Que em nossos corações

faz brotar ladainhas

do mais perfeito amor.

A ti entrego meu ser,

confio meus segredos,

e entrego o doce mel

do que sou e do que serei.

Em ti estou

e contigo sonho,

a dilacerar minha dor;

fazendo loucuras em meu peito.

És tão viva,

ó Bela,

quando nem sei.

Teus olhos percorrem,

indiscretos, minha face

duvidosa e infantil.

Não sou quem te domina,

mas quem te permite ser forte.

É só porque te amo.

A dormir, ou acordada

nos acordes que transcendo;

de refrão em refrão.

Ó, coração,

não morra agora.

Vivamos o sincero amor

que, em mim, faz sangrar vida.

És tão minha,

ó Bela,

quando em ti morro os olhos.

Meu sono disfarça a vontade,

mata a idéia,

e me rouba o desejo de morrer.

Quero você.

Por toda a vida, ser teu.

Me rendo a tuas mãos,

que, de carinhos, me acalmam.

Sossego minh’alma em teu cheiro

que me entorpece de paixão.

Devagar, mato o que finjo e,

em teus lábios, profiro o que sinto.

Profiro que te amo e

prefiro que me queiras.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 12/01/2009
Código do texto: T1380486
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