Bela
És tão linda,
ó Bela,
quando dormes.
Que em minha mente
cria orações.
Que em nossos corações
faz brotar ladainhas
do mais perfeito amor.
A ti entrego meu ser,
confio meus segredos,
e entrego o doce mel
do que sou e do que serei.
Em ti estou
e contigo sonho,
a dilacerar minha dor;
fazendo loucuras em meu peito.
És tão viva,
ó Bela,
quando nem sei.
Teus olhos percorrem,
indiscretos, minha face
duvidosa e infantil.
Não sou quem te domina,
mas quem te permite ser forte.
É só porque te amo.
A dormir, ou acordada
nos acordes que transcendo;
de refrão em refrão.
Ó, coração,
não morra agora.
Vivamos o sincero amor
que, em mim, faz sangrar vida.
És tão minha,
ó Bela,
quando em ti morro os olhos.
Meu sono disfarça a vontade,
mata a idéia,
e me rouba o desejo de morrer.
Quero você.
Por toda a vida, ser teu.
Me rendo a tuas mãos,
que, de carinhos, me acalmam.
Sossego minh’alma em teu cheiro
que me entorpece de paixão.
Devagar, mato o que finjo e,
em teus lábios, profiro o que sinto.
Profiro que te amo e
prefiro que me queiras.