[EU] Em poesia
Tens os olhos mais vivos que eu já vi,
superfície mestiça, traçada a lápis. Ou giz.
Sorriso fácil, que mostra-lhe os caninos.
Menina-mulher.
E sua face de boneca, transcende definições claras,
ultrapassa a linha do definível, tornando-se mistério,
pouco ou nada decifrável.
Ela caminha como quem pisa em flores,
mas as destrói em pedaços.
Perde-se o seu olhar, perde-se o desejo.
Mãos, as garras pintadas de vermelho
A vida, em eterna caça.
Repousa seu olhar sobre os que não temem,
e os faz, querer-te. E os faz dizer-te,
todas as palavras que não seriam ditas,
os sorrisos que não seriam dados,
e os desejos que não seriam desejados.
Psicodélica personalidade, em face, de cores,
amores, sabores, hedonismo inimaginável.
O seu prazer, sua carne e a sua alma intrínsecos
inseparáveis.
Em existir, serias tu minha vocação, somente tu,
sem falsas e fáceis ilusões baixas.