Choro de papelão

Mansa é-me a tua voz,

dos meus ouvidos rara algoz,

de minha alma um barulho estúpido.

Lindo é o olhar roubado de tua face

entre as primeiras rugas que deixaste

que tuas mãos as pusessem em teu rosto.

Nada mais creio possa dar teu coração

a este poeta transformado em papelão

e que essas tuas lágrimas molhando rasgue-o.