No Brasil, as parteiras através de sua história até os dias de hoje, são inúmeras e incontáveis. Em algumas regiões viajam a pé, a cavalo, em pequenas embarcações, por estradas, por rios ou no meio da mata. Às vezes, devido às dificuldades de locomoção, passam vários dias na casa da parturiente, à espera da hora do parto.
Rezam implorando a proteção dos santos, de Deus e de Nossa Senhora.
Cantam para a paciente canções de estímulo e de conforto. Quantas crianças vieram ao mundo em suas mãos, sem alardes e sem problemas. Estão ali cumprindo uma missão e a mãe é o centro de suas atenções. Em homenagem a elas (que ainda existem nesse mundão de meu Deus), escrevi esses versos:


RITUAL DE PASSAGEM



vermelho-rosa aconchego

durante nove meses

porta estreita, sem chave

puxões e empurrões

a mãe está bem, disseram

depois: - ela nasceu! gritaram

e iniciei a morrer.


Yara Cilyn, agradecida a
dona Palmira, a parteira que nos ajudou.
Paz e Luz à sua alma