...da plasticidade do inesperado momento esperado...
Seriam, quem sabe, olhos sem os olhares perdidos
quando voltam-se mirando
ao horizonte escarlate dos teus sonhos?
Seriam, talvez, vontades que te explodem no peito,
quando vagueias na miragem pintada dos teus desejos
palpáveis a um fechar de olhos?
Seriam, por ventura, as amarras soltas de teu libertar
quando em reflexivo espanto, te vislumbras amando o amor sonhado?
Seriam, incisivos e proficuamente, teus minutos de plenitude glorificada?
Plena e reveladamente Você
na vida que o viver contém,
no imaterial que tua matéria abriga,
na verdade que a realidade escondia,
nos movimentos sincronizados na dança ritmadamente executada...
No próprio explodir da explosão ocorrida!
Seriam sim, os momentos a ti chegados num esperado verão,
num inesperado dia, que o céu lavou-se de todas as culpas,
e tudo tornou-se céu por excelência...
Seriam, agora com certeza desnuda... sim, seriam!