O POETA

O poeta vê luz onde não tem

Vê trevas na rua iluminada

Nos seus passos num vai vem

Numa longa caminhada.

O poeta respira alegria

Num suspiro, em alto som

Transpira a própria euforia

Marca na sua pele o tom.

O poeta recolhe gotas

tantas que umedece a flor

Toca uma, duas, e todas

orvalhadas de amor.

O poeta sorri para as flores

e acena sorridentemente

Olha as rosas incolores

E as toca delicadamente.

Logo o poeta se inspira

Na calada rua deserta

E no silêncio suspira

Chora de alma aberta.

09/01/2009

Sonia Barbosa Baptista

Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 10/01/2009
Reeditado em 28/02/2011
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