O choro de Deus
Os bêbados abraçam todo mundo.
Os bêbados abraçam o mundo.
Meu mundo diverso,
de faces obtusas.
Caminha o bêbado;
o mundo em seus braços.
Tremores, torpores
são beijos e abraços.
Maremotos em caldas
de gelo gentil;
da lágrima
e do beijo roubado.
O sangue, sangrado
em terras inférteis,
massifica - vulcânico -
as vidas que derretem.
E, por isso - no chão -
se caem estrelas
de caldas de mel brilhante.
São saudades dos erros,
dos segredos ou dos acertos
que se esvaem no domínio perfeito.