Mundo vazio!

Olhava sempre para os outros com o canto dos olhos, cabisbaixo.

Sempre mudo e na maioria das vezes fazendo-se de surdo.

Vivendo em um mundo que poucos compreendem, mundinho distante.

Uma vida quase que intra-uterina, um mundo exclusivo.

Talvez semelhante ao planeta do pequeno príncipe.

Aconselhado pelos amigos, muitas vezes só sorria balançando a cabeça positivamente.

Por outro lado, tais conselhos entravam por uma orelha e imediatamente saiam pela outra.

Ah! Que mundo difícil de entender, talvez só entenda quem viva nele.

Mundo que se entra não por opção, e sim por castigo.

Estranha sensação de um grande passo no vazio.

Desejo de pisar onde não há mais chão.

É tão estranho o cérebro tentar entender.

Coisas desse estranho mundo chamado, coração!