00114 COMO UM JATO DE ÁGUA FRIA

OLHAR DE UMA FRIEZA INSINUANTE

De repente como um jato a água gelada, tocou o meu peito.

Quisera água potável, porém fria...

Mas com o impacto minha pele vermelha tremia.

Tremia, tremia preocupada.

De frio já estava congelada,

Bem ali naquele céu estrelado.

O vento uivava, um calafrio percorria a espinha.

O vento deixava meus cabelos em desalinho,

As mechas de tons douradas estavam rebeldes,

O frio queimava as maçãs do rosto.

Aquele olhar penetrante misterioso

De uma frieza insinuante,

Era máscara aquela dureza toda?

O frio que penetrava e petrificava os movimentos,

Preso e atônito procurava uma explicação.

Será que o frio emanava do coração?

Não tinha mais condições de analisar,

Aquele olhar frio e calculista.

Tinha um estranho poder.

Fazia minhas mãos suarem.

O coração em ritmo frenético.

Louco, patético...

Agora congelava minha vida,

O meu destino.

Balbucie com dificuldade, tamanha!

Seu nome nos seus ouvidos.

Liberte-me estou estarrecida, o coração doído.

Porém vou levar o teu coração comigo.

Aquele olhar como jato de água fria.

Meu coração roubaria.

Hortência Lopes

Hortência Lopes
Enviado por Hortência Lopes em 08/01/2009
Reeditado em 22/03/2023
Código do texto: T1374504
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