Don’t ask why

(Por Machado)

O que você vê em mim?

Não é nada.

Admiração; tão somente.

É algo louco,

sem porquê,

que nasce e vai

como fogos de artifício,

a pintar-me no céu da idéia

poesia nua e transcendente.

É uma fumaça serpentina

que transcorre e discorre,

tão vivaz e disforme,

palavras mentirosas

em teu ser de verdades.

São águas malignas,

esquálidas,

que em minh’alma fertilizam

tão feliz insanidade.

Sou poeta,

meu bem!

Sou você

do avesso.

Seja, pois,

que te amo.

É assim que eu canto.

Não, não vá!

Deite aqui mais uma noite.

Sinta-me me ti,

como sempre te vejo.

Em mim você é.

Em mim tu estás.

Sou teu para sempre,

enquanto és minha

dia a dia.

Então, cante,

cante hoje (,) meu amor.

Come on, baby,

light my fire!

Não deixe que o choro

apague o fogo

tão divino de

nosso amor tão sádico.

Me ame,

apenas mais uma noite.

Me invada,

com teus olhos de cigana oblíqua

e dissimulada.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 08/01/2009
Código do texto: T1373714
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