Ele

Tão forte,

Tão pequeno...

Sempre cabe sob meus pés.

Tão leve,

Tão eterno...

Sempre ousa me enfrentar.

É um poeta,

É um ator...

Ensaia saltos

E me deixa ver.

Nada longe,

Voa alto...

Fugindo...

E, sem querer,

Entrando no meu passar.

Está sempre em cena...

Rouba corpos,

Conquista mais que o meu olhar...

Mas, de súbito,

Chora um canto

E com a voz rouca,

Bebe tudo

O que pode me tomar!

Lívia Noronha.

Belém, 07 de janeiro de 2009.

Ao Mário Jorge Jardim.

Lívia Noronha
Enviado por Lívia Noronha em 08/01/2009
Código do texto: T1373462
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