Sem Você
Do princípio
ao fim foi
meio assim:
briga prá cá,
briga prá lá,
igual as abelhas
de ferrão
absinto.
Não tinha jeito:
era comum,
era difícil,
era pro povo ver,
tão ingrato,
tão sutil estas
desfeitas.
Que posso fazer?
Rainha ela não era
nem rei jamais fui,
o jeito meio escravo
de fazer,
era desfazer!
Então,
num raiar de sol
sem canto de ave-maria,
ela pegou o bonde
e eu o trem meio vazio!
Mas, tudo em vão!
Você me queria
eu te amava!
A gente só brigava
por amor,
de raspão.
Hoje te enlaço e peço,
volta ao meu largo,
que de saudades
já basta,
eu sem você
você sem mim.
E não deixa nunca mais,
ser vaga,
ser sua propriedade amarga.
Volta, volta de vez,
pela primeira porta,
senão minha vida desaba,
minhas tranças entravam,
e minha vida é levada embora!