Culpa o Vento, Culpa o Mar

Sentei-me à ponta da rocha,

P'ra conversar com o mar.

Falei_lhe das minhas mágoas

E ouvi as suas queixas,

No constante marulhar.

Perguntei-lhe porque ás vezes,

Ele é tão violento ?...

Respondeu-me com brandura:

Vitor, a culpa é só do vento!...

Começa devagarinho,

como a desafiar...

E eu vou crescendo bramindo

Até não poder parar.

Quando passa a minha fúria,

O mal que eu fiz eu lamento,

mas a culpa não foi minha!...

Vitor, a culpa foi só do vento!

Já estava o sol no poente

À varanda fui meditar...

Se a culpa era do vento

Ou a culpa era do mar.

Da meditação que eu fiz

Uma certeza então ficou:

QUANDO NASCE A VIOLÊNCIA

HOUVE ALGUÉM QUE A SEMEOU

Alma Lusíada
Enviado por Alma Lusíada em 10/04/2006
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