Culpa o Vento, Culpa o Mar
Sentei-me à ponta da rocha,
P'ra conversar com o mar.
Falei_lhe das minhas mágoas
E ouvi as suas queixas,
No constante marulhar.
Perguntei-lhe porque ás vezes,
Ele é tão violento ?...
Respondeu-me com brandura:
Vitor, a culpa é só do vento!...
Começa devagarinho,
como a desafiar...
E eu vou crescendo bramindo
Até não poder parar.
Quando passa a minha fúria,
O mal que eu fiz eu lamento,
mas a culpa não foi minha!...
Vitor, a culpa foi só do vento!
Já estava o sol no poente
À varanda fui meditar...
Se a culpa era do vento
Ou a culpa era do mar.
Da meditação que eu fiz
Uma certeza então ficou:
QUANDO NASCE A VIOLÊNCIA
HOUVE ALGUÉM QUE A SEMEOU