Entranhas, estranhos vazios

Eu me incorporo e vivo
Recordo e sigo ativo
Respondo as minhas perguntas
E canto o meu nome
Sou uma estrela guia
Que me guia no navio
Que das entranhas do meu norte
Incorpora as velas do pirata
E vou andando por aí
Revelando o que não sou
Falando o que não disse
Mas pensando que não falo
Reajo com as minhas mãos
Cancelo aquela ilusão
E canto o seu cantar torcido
Que arde as chamas da paixão
Das entranhas estranhas que vejo
Desejo o meu próprio pensar
E penso por pensar me aniquilo
Aniquilando a visão do olhar
Olho e não acho, , acho que não olho
Vejo revejo, me desejo
Desejo feliz que não tenho
E corro pra longe de mim
Ah! Uma imensa cratera
Que me enterra em seu luto
Que mostra o meu defeito
No direito de não me dever
E me incorporo e penso
E fico tenso e me escondo
E solto o grito desumano
Na escuridão do fosso
E fomento, o fermento e cresço
Desejo o caminho que sigo
Reajo ao meu caminho
E fico cego de amor
E minha vida sem sentido
Altiva pensante e falante
Do desejo ardente de amor
Não encontrando nada no dia
luiz machado
Enviado por luiz machado em 06/01/2009
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