"Segredo de Menino"
Eu sou menino
Fugi de Auschwitz
Sobrevivi a iroxima
Esgueirando-se sobre arames
Escondido nos esgotos
Ocultei-me sorrateiro
Escapei do bombardeio
Do Barão vermelho primeiro
Depois do Enola gay
Não sei se acertei
O caminho... O destino
Veja eu sou menino
A escola desabou
Contudo não me matou
Um amigo me chamou
Tarde inteira a gente andou...
No campo minado!
Tanto corpo estraçalhado
Sem cabeça, baleado
Estilhaços, estrondo, clarão
Um farpa em minha mão
Atrapalha pegar o pão
Resisto à inanição
Fujo assim da prisão
Pelo rombo do orçamento
Passo pelo tormento
Duma sala de tortura
Vou a beira da loucura
Mas mantenho a sanidade
Nem reclamo, na verdade
Nada pode perturbar
Quem adormeeu na treblinka
Acordou na Lubianka
Longe de mãe e de pai
E veja mais
Não passava de menino
Sem roupa nem teto
Expulso até da calçada
Sem lenço nem documento
Sem poder falar das flores
Da vida sem ver as cores
Sem sequer poder crecser
Para não adoecer
Do mal chamado idade
Mas veja, sou só menino
Que vivo e morro menino
Pois meu coraçao pequenino
Preferiu a inocência
A aversão à ciência
Corruptora dos homens
Que meninos deviam ser.
Pois este é o segredo
De sorrir, sobreviver.
Eu sou menino
Fugi de Auschwitz
Sobrevivi a iroxima
Esgueirando-se sobre arames
Escondido nos esgotos
Ocultei-me sorrateiro
Escapei do bombardeio
Do Barão vermelho primeiro
Depois do Enola gay
Não sei se acertei
O caminho... O destino
Veja eu sou menino
A escola desabou
Contudo não me matou
Um amigo me chamou
Tarde inteira a gente andou...
No campo minado!
Tanto corpo estraçalhado
Sem cabeça, baleado
Estilhaços, estrondo, clarão
Um farpa em minha mão
Atrapalha pegar o pão
Resisto à inanição
Fujo assim da prisão
Pelo rombo do orçamento
Passo pelo tormento
Duma sala de tortura
Vou a beira da loucura
Mas mantenho a sanidade
Nem reclamo, na verdade
Nada pode perturbar
Quem adormeeu na treblinka
Acordou na Lubianka
Longe de mãe e de pai
E veja mais
Não passava de menino
Sem roupa nem teto
Expulso até da calçada
Sem lenço nem documento
Sem poder falar das flores
Da vida sem ver as cores
Sem sequer poder crecser
Para não adoecer
Do mal chamado idade
Mas veja, sou só menino
Que vivo e morro menino
Pois meu coraçao pequenino
Preferiu a inocência
A aversão à ciência
Corruptora dos homens
Que meninos deviam ser.
Pois este é o segredo
De sorrir, sobreviver.