AO TEMPO
Eis a brisa de verão
Que ligeiramente agita o pérfido perfume das rosas semimortas
Sensível ao desabrochar do amor calado.
Quero contemplar sua beleza... E sentir o odor de pétalas de rosas
Semimortas.
Comemorável amor... Cálido amor...
Quero teus languidos cabelos escorridos.
Não tenhas medo!
Sou homem zeloso e bondoso.
Um romântico... Aquele que vê e traduz a finalidade de sua beleza.
Curva-te a mim e eu me entregarei a ti.
Farto amor... Inefável amor...
Que utopia é esta minha
Persistir ser homem de uma única mulher.
Da me tua mente e tua vulgar beleza chamejante.
Estranhas especulações...
Contemplar o esplendor de sua vaidade inacabada pelo tempo e sentir
O odor de pétalas de rosas semimortas.
Do: arquivo: DESTINO DE POETA. 1990/2008.