DÁ-ME ESTAS ASAS
Poeta, Poeta!
Dá-me tuas asas?!
Tu és mais velho que eu
Por certo irás ao céu primeiro,
Podes deixar-me de herança:
Tua pena e o tinteiro cheio?
Desta tinta com que tão sabiamente
Pintas os quartetos e tercetos
Dos quatorze versos, inversos
Dos sonetos?