Reticências de um louco
Se, fui apenas mais um louco: naquele tempo fluía eu...
Espontâneo, sem estribeiras, somente eu.
E a lagarta desprezada, enfim, agraciada, borboleta...
Porque todos os raios quando fogem vêem-se no chão?
O destino de quem escolhe, vai além, e subverte-se.
E a metamorfose tão esperada, deita-se inimiga.
A flores jogadas ao ar, valem-se únicas, ou ao primeiro
que buscar. Apesar de toda aceleração, subvertem-se.
De tudo vale um pouco, e, de nada vale um tudo.
Foge quem muda, muda quem foge. Borboleta quem casulo.
Ao que foge pensa que assim melhor se tornará.
Pois, digo-te tudo, digo ao vento, afunde-se por não pensar...
E, um dia, viverei no mundo que a reticência renunciará...