No escurecer.
É nos disformes de um estreito rio, que se alonga
que vejo a verdade corrente, da correnteza.
Afronta, fronteiras e também gigantes frontes
e se alonga por não percorrer, a finura do seu ser.
Nas águas embebidas por pássaros saudáveis,
conto, conto, e desconto o lampejo dos incontáveis,
que por mais que se passem mudos, jamais serão invisíveis.
São pegadas, fugidas de um ser, que sempre quis ser.
Se o absurdo é vigiado pelo incabível sono da verdade
que acordes por agora, e por então! Até ontem nunca
vi certeza alguma! Tão pouco rio que se alonga no ser.
Pois a verdade que vejo, e talvez sempre verei, é no escurecer.