Meu 100º Texto!
Mais que um número, uma meta alcançada.
Porém, buscando mais qualidade que a quantidade,
desejo brindá-los com um que acho ser o meu “xodó”.
Espero que gostem.
Criação do 8º dia
Ladeira subi, escada desci
E maravilhado, eis-me aqui:
Morro dos macacos;
Ao redor barracos.
Com ares de tristes,
De pobres e feios.
Mas, vejo alegria,
Riquezas, belezas
Ao ver da cidade
As luzes acesas
Piscando à meus pés.
Porque “dos macacos”
Não sei, não entendo
Porém, de quem é
De olhar compreendo:
Do homem de bem
Do brother maneiro
Da mulher também
Não sei se o nome
Lhe é adequado
Porquanto o tal morro
Creia, na verdade
Não é dos macacos
E sim dos heróis
Gente como nós
A morena faceira
A loura maneira
Ou a lavadeira.
Subindo a ladeira
Lata na cabeça
Pra lavar a roupa
Do filho ou do marido
Um trabalhador
E da professora
Fiel lutadora
E de outros mais...
Que não se entregam
Enfrentam a vida
Que mesmo sofrida
É vitoriosa
E assim tiram dela
Razões para sorrir
E fazer florir
De vida e de beleza
E de esperança
O olhar da criança
Que vê sua dor
E espera ouvir
Palavras de amor
De que vale a pena
Sonhar...Ir buscar...
Da vida àquilo
Que a alma suspira
E ardentemente
Aguardar...
Ver chegar a hora
De acontecer.
Lhe digo: O morro
Não é do C.V.
Tão pouco da A.D.A.
E nem do T.C.
Mas os traficantes
Mesmos militantes
Se por opção
Ou por exclusão
Estando habitando
Na comunidade
Estão na verdade
Ligados à ela
Logo como homens
Mesmo sendo falhos
Ainda são gente
E como a gente
Igualmente donos
Da terra que pisam
Na qual têm raízes
Marcantes, profundas...
Porém, neste caso
Não entro, não julgo
Melhor ficar quieto...
E deixa para lá!
Por cerca eu tenho
Da bela Tijuca
Seu alto maciço
E no horizonte
Se esparramando
Imponente baia
E até o mar
Do alto do morro
Consigo olhar.
À minha esquerda,
No chão há um prato!
Não! É o maracá
Seu tapete verde
E arquibancada
Da vida pulsando
Por outra conquista
Que vai para história
Pois minha memória
Não vai esquecer.
Estou indo embora
Queria voltar,
Não sei se vai dar!
Só resta lembrar
Pra sempre o dia
De hoje que tive
Oportunidade
De ver a cidade
Do ponto de vista
Do homem do morro
Por isto não corro
Da minha missão:
Dizer que o povo
Que vive lá em cima
Não é sub-raça
Só de vagabundos
Nem alienados
Tão pouco omissos
Pois após o dia
De duro trabalho
Seu rosto cansado
Olha para baixo
E apaixonado
Vê sua cidade
Já adormecendo
E não mais fervendo;
Então também ele
Ao lar se recolhe
Ao sono, o descanso
Para repor as forças
Para aos raios de sol
Do amanhecer
De um novo dia
O acharem disposto
A voltar à lida,
Lutar por melhoras
Para ele, e outros
Irmãos que os cercam
Enfim... Pelo mundo
Que a cada segundo
Carece de outros
Que hajam assim
Ali na Vila Isabel
Saudosista Noel
Frente à praça
Barão de Drumond
Vê se guarda
Não esquece
Na antiga praça sete
Tem um pedaço de mundo
Onde falta quase tudo
Mais eu quero ir para lá.
Se um dia eu tivesse
Que na cidade morar
E na verdade pudesse
Escolher onde ficar
É ali que ficaria
E nunca mais sairia
Pra qualquer outro lugar
Em exatos seis dias
O mundo Deus criou
E sabe-se pela Bíblia
Que no sétimo descansou.
Vou tentar imaginar
Que no 8º dia
Ao voltar a trabalhar
A primeira coisa que fez
Foi criar um lar para todos
Dizendo: “_ Que hajam morros”!
_E viu Deus que era bom!
Mais que um número, uma meta alcançada.
Porém, buscando mais qualidade que a quantidade,
desejo brindá-los com um que acho ser o meu “xodó”.
Espero que gostem.
Criação do 8º dia
Ladeira subi, escada desci
E maravilhado, eis-me aqui:
Morro dos macacos;
Ao redor barracos.
Com ares de tristes,
De pobres e feios.
Mas, vejo alegria,
Riquezas, belezas
Ao ver da cidade
As luzes acesas
Piscando à meus pés.
Porque “dos macacos”
Não sei, não entendo
Porém, de quem é
De olhar compreendo:
Do homem de bem
Do brother maneiro
Da mulher também
Não sei se o nome
Lhe é adequado
Porquanto o tal morro
Creia, na verdade
Não é dos macacos
E sim dos heróis
Gente como nós
A morena faceira
A loura maneira
Ou a lavadeira.
Subindo a ladeira
Lata na cabeça
Pra lavar a roupa
Do filho ou do marido
Um trabalhador
E da professora
Fiel lutadora
E de outros mais...
Que não se entregam
Enfrentam a vida
Que mesmo sofrida
É vitoriosa
E assim tiram dela
Razões para sorrir
E fazer florir
De vida e de beleza
E de esperança
O olhar da criança
Que vê sua dor
E espera ouvir
Palavras de amor
De que vale a pena
Sonhar...Ir buscar...
Da vida àquilo
Que a alma suspira
E ardentemente
Aguardar...
Ver chegar a hora
De acontecer.
Lhe digo: O morro
Não é do C.V.
Tão pouco da A.D.A.
E nem do T.C.
Mas os traficantes
Mesmos militantes
Se por opção
Ou por exclusão
Estando habitando
Na comunidade
Estão na verdade
Ligados à ela
Logo como homens
Mesmo sendo falhos
Ainda são gente
E como a gente
Igualmente donos
Da terra que pisam
Na qual têm raízes
Marcantes, profundas...
Porém, neste caso
Não entro, não julgo
Melhor ficar quieto...
E deixa para lá!
Por cerca eu tenho
Da bela Tijuca
Seu alto maciço
E no horizonte
Se esparramando
Imponente baia
E até o mar
Do alto do morro
Consigo olhar.
À minha esquerda,
No chão há um prato!
Não! É o maracá
Seu tapete verde
E arquibancada
Da vida pulsando
Por outra conquista
Que vai para história
Pois minha memória
Não vai esquecer.
Estou indo embora
Queria voltar,
Não sei se vai dar!
Só resta lembrar
Pra sempre o dia
De hoje que tive
Oportunidade
De ver a cidade
Do ponto de vista
Do homem do morro
Por isto não corro
Da minha missão:
Dizer que o povo
Que vive lá em cima
Não é sub-raça
Só de vagabundos
Nem alienados
Tão pouco omissos
Pois após o dia
De duro trabalho
Seu rosto cansado
Olha para baixo
E apaixonado
Vê sua cidade
Já adormecendo
E não mais fervendo;
Então também ele
Ao lar se recolhe
Ao sono, o descanso
Para repor as forças
Para aos raios de sol
Do amanhecer
De um novo dia
O acharem disposto
A voltar à lida,
Lutar por melhoras
Para ele, e outros
Irmãos que os cercam
Enfim... Pelo mundo
Que a cada segundo
Carece de outros
Que hajam assim
Ali na Vila Isabel
Saudosista Noel
Frente à praça
Barão de Drumond
Vê se guarda
Não esquece
Na antiga praça sete
Tem um pedaço de mundo
Onde falta quase tudo
Mais eu quero ir para lá.
Se um dia eu tivesse
Que na cidade morar
E na verdade pudesse
Escolher onde ficar
É ali que ficaria
E nunca mais sairia
Pra qualquer outro lugar
Em exatos seis dias
O mundo Deus criou
E sabe-se pela Bíblia
Que no sétimo descansou.
Vou tentar imaginar
Que no 8º dia
Ao voltar a trabalhar
A primeira coisa que fez
Foi criar um lar para todos
Dizendo: “_ Que hajam morros”!
_E viu Deus que era bom!