Quando a vida começa
Enfim, encontrada a realidade dos dias grandes,
assim podemos, finalmente, sentir-nos pequenos!
Por-se no lugar, reduzir os dentes da arrogância.
O mundo sente muito mais que a inteligência.
Um gigante comum pisa, em muitas flores.
O reduzido sabe a importância de uma pétala.
Um grão tem forças menores, impossibilidades infinitas,
dono de uma sensibilidade incrível e sem rancores.
A minha humana insignificância; é passageira...
Porém, no mundo, renova-se a cada embrião.
Perdendo-se, após mais uma centenário de gigantes.
Queria ser como a natureza, renovar-se a cada chuva,
não queixar-me da intromissão alheia... Ser equilibrado.
(Apesar de todos os desequilíbrios que as cercam.)
Nem posso ser mais uma única pétala, ou grão,
menos ainda ser aquele temível gigante de antes.
Mas, o que serei a partir de então?
A certeza que alguns têm: é falsa.