VITRINES
Sem motivos
Inda vivo...
Subsistindo.
Pois não tenho
Mais o seu sorriso
O seu olhar,
A sua presença
Nítida e real.
És agora
Peça integrante
De galeria
D´arte.
Vives numa redoma
Que só consegue
Despertar o
Amante mais
Fértil.
Porém, relembrá-la
Causa-me tédio,
Até mesmo
Um pouco de asco!
Um dia
Chegaste,
Usou de mim...
Depois sem nada dizer
Partiu sem
Mesmo despedir-se.
Ignorou as
Lágrimas repletas
De amor,
Nem os sentimentos
Mais sublimes que
Existia e
Inda existe em
Imensidão!
E, continuo aqui...
A contemplá-la
Nessa vitrine
De dor e de
Saudade!