VITRINES

Sem motivos

Inda vivo...

Subsistindo.

Pois não tenho

Mais o seu sorriso

O seu olhar,

A sua presença

Nítida e real.

És agora

Peça integrante

De galeria

D´arte.

Vives numa redoma

Que só consegue

Despertar o

Amante mais

Fértil.

Porém, relembrá-la

Causa-me tédio,

Até mesmo

Um pouco de asco!

Um dia

Chegaste,

Usou de mim...

Depois sem nada dizer

Partiu sem

Mesmo despedir-se.

Ignorou as

Lágrimas repletas

De amor,

Nem os sentimentos

Mais sublimes que

Existia e

Inda existe em

Imensidão!

E, continuo aqui...

A contemplá-la

Nessa vitrine

De dor e de

Saudade!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 31/12/2008
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